TRE-SP rejeita recurso e reafirma legalidade da eleição de Tupã em Presidente Prudente

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) negou, mais uma vez, um recurso que tentava anular a diplomação do prefeito reeleito de Presidente Prudente, Milton Carlos de Mello, o Tupã, e de seu vice, José Osanan Albuquerque Júnior. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (24) pelo presidente em exercício da Corte, desembargador Encinas Manfré, e reforça a legitimidade do pleito municipal de 2020.

O recurso especial eleitoral havia sido interposto pelos ex-candidatos Paulo Lima e Fábio Sato, que alegavam supostas violações a princípios constitucionais e normas do Código Eleitoral e do Código de Processo Civil. Os autores também questionaram a aplicação da Súmula nº 47 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmando que ela comprometeria a moralidade administrativa ao permitir determinadas candidaturas.

Ao analisar o caso, o desembargador Manfré considerou os argumentos “frágeis” e “repetitivos”. Segundo o relator, os recorrentes apenas reiteraram teses já analisadas e rejeitadas anteriormente, sem apresentar novos fundamentos ou contestar de forma efetiva os pontos centrais da decisão da Corte.

Outro fator que contribuiu para o indeferimento foi a tentativa de debater a inconstitucionalidade da Súmula nº 47 do TSE sem que a questão tivesse sido suscitada nas instâncias inferiores. Conforme jurisprudência consolidada do próprio TSE, discussões constitucionais só podem ser apreciadas se forem devidamente levantadas no momento processual adequado.

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“O recurso não enfrentou os fundamentos do acórdão anterior e não houve omissão por parte desta Corte, que apreciou o caso conforme a jurisprudência vigente”, afirmou Manfré, destacando a improcedência da argumentação apresentada.

A decisão representa mais uma derrota judicial para a oposição local e reforça a estabilidade do resultado das urnas em Presidente Prudente. Desde o fim da eleição, diversas ações foram movidas contra a chapa vencedora, todas rejeitadas pela Justiça Eleitoral em diferentes instâncias. Com o novo posicionamento do TRE-SP, esvazia-se mais uma tentativa de reverter o resultado do pleito.

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