O que está em jogo
No Brasil, o cenário é alarmante: o índice de turnover (rotatividade de funcionários) alcança 56%, segundo dados da última pesquisa do CAGED, uma indicação clara de que colaboradores estão saindo em busca de algo diferente, seja motivação, ambiente ou cultura. Quando as pessoas não se sentem parte ou não veem coerência entre o discurso e as ações, a saída é a escolha.
Cultura que funciona, de verdade, acontece em 3 camadas
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Comportamento visível
A cultura acontece nos exemplos: o modo como a liderança decide sob pressão, como tratam clientes, como resolvem conflitos. Se isso não estiver alinhado com os valores, a cultura vira frustração. -
Rotina que sustenta
Reuniões, feedbacks, reconhecimento, integração de novos colaboradores, treinamentos regulares, tudo isso deve ser desenhado para reforçar os valores da empresa. Rotinas intencionais que conectam propósito e prática eliminam ruídos e desalinhamentos, resolvendo a famosa dor de todo empresário: falta de engajamento.Apoio:
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Resultado mensurável
Cultura forte: pesquisas recentes apontam crescimento de receita 48% maior, satisfação de funcionários em cerca de 80%, clientes com níveis elevados de confiança. Além, do controle de rotatividade. Empresas com culturas definidas têm taxas de turnover baixas e previsíveis.
Por que isso é urgente?
Empresário, pense comigo: cada colaborador que deixa a empresa, o investimento/custo em contratação, treinamento e perdas operacionais entre 30% a 50% do salário anual desse colaborador. E cada dia de desalinhamento interno atrasa decisões, aumenta erros e prejudica a reputação. Cultura bem trabalhada economiza, motiva e sustenta crescimento. É investimento que retorna.
Cultura não é coisa de RH, é estratégia que transforma
Para transformar cultura em resultado tangível, alguns passos são fundamentais:
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Estabelecer indicadores claros de cultura: alinhamento de valores, rotatividade, engajamento, satisfação interna.
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Mapear onde o discurso não encontra prática: identificar lacunas culturais.
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Ajustar processos e liderança: garantir que líderes sejam exemplo, rotinas reforcem valores e práticas sejam consistentes mesmo quando ninguém está olhando.
Cultura não é um discurso de boas intenções. É algo que se vive todo dia, no comportamento, nas rotinas e no resultado!
E se você ainda não parou para pensar nisso, te convido a planejar e começar 2026 diferente.
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* Janaína Peroto – Empresária e Estrategista de Negócios e Pessoas. Possui mais de 15 anos em Gestão de Pessoas, com atuação em empresas como Citibank, Votorantim, Carrefour e Alpargatas. Liderou a construção da área de Pessoas e Cultura de uma fintech em SP. Especialista em estruturação organizacional, políticas de RH, liderança estratégica e desenvolvimento de equipes em empresas de diversos portes.