Presidente Prudente tem praticamente um quarto de sua população em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Com base na estimativa do IBGE, de 234.706 habitantes, 58.104 prudentinos estão registrados no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal — o que representa 24,75% dos moradores, praticamente 1 em cada 4 pessoas vivendo com renda limitada e buscando receber benefícios sociais.
Entre os inscritos no CadÚnico, os dados revelam uma divisão preocupante: 20.826 pessoas estão em situação de pobreza, 15.637 em baixa renda e outras 21.641 possuem renda per capita pouco acima de meio salário mínimo. Os números mostram que a desigualdade segue como um desafio central para a cidade.
BOLSA FAMÍLIA
O Bolsa Família é o principal benefício utilizado pelos inscritos no CadÚnico. Dos 58 mil prudentinos registrados, 23.452 recebem o Bolsa Família. Somente no mês de novembro, o programa movimentou R$ 5.872.273,00 no município, com uma média de R$ 672,65 por beneficiário. Isso significa que aproximadamente 10% da população prudentina depende diretamente do Bolsa Família para complementar a renda e garantir o básico.
Apesar dos números locais chamarem atenção, a situação nacional é ainda mais expressiva: 44,5% dos brasileiros estão no CadÚnico, comprovando o tamanho da dependência do país em relação aos programas federais de suporte à população de baixa renda. Em novembro, 48,5 milhões de brasileiros receberam o Bolsa Família, somando R$ 12,6 bilhões pagos em todo o Brasil.
Criado pelo Governo Federal, o CadÚnico é hoje a principal ferramenta de identificação das famílias de baixa renda, utilizada para acesso a benefícios como a Tarifa Social de Energia Elétrica, o BPC e o próprio Bolsa Família. Além de conceder auxílios, o sistema ajuda a mapear vulnerabilidades e orientar políticas públicas municipais e estaduais.






