Na noite desta segunda-feira, 04 de agosto, durante a sessão ordinária na Câmara de Vereadores, dois pedidos de cassação, por quebra de decoro, contra o vereador Izaque Silva (PL) foram lidos no plenário e na sequência votados pelos vereadores, e pelo placar de 10×1 e 9×1, foram aceitos.
O primeiro pedido é de autoria do procurador da Câmara, Dr. Fernando Monteiro, onde na sessão ordinária de 30 de junho deste ano, Izaque teria se exaltado ao saber que o procurador jurídico não registraria parecer em um projeto de lei de sua autoria antes do prazo regimental. Na tribuna, o vereador acusou Monteiro de beneficiar outros parlamentares e atrasar propositalmente seus projetos, utilizando expressões como “o todo poderoso”, “marajá da Câmara” e “perseguidor”.
A situação teria se agravado quando, ainda em plenário, o vereador teria proferido xingamentos de baixo calão ao procurador, incluindo expressões ofensivas e ameaças.
Já o pedido do presidente da Casa, William Leite se atem ao mesmo fato, durante a sessão, onde Izaque Silva lhe chama de “um presidente de bosta” e “um merda”.
Apenas o vereador Douglas Kato (PSD) votou contra o prosseguimento das denúncias contra Izaque. Na primeira votação todos os demais vereadores disseram sim, menos o presidente William Leite que vota somente em casa de empate.
Já na segunda votação, como o denunciante era o próprio William Leite, ele não se fez presente no plenário como prevê o regimento, e Wellington Bozo como vice-presidente assumiu os trabalhos na mesa, mas também não pode votar.
COMISSÃO DE ÉTICA
A patir de agora, as denúncias serão apreciadas pela Comissão de Ética da Câmara de Vereadores e na próxima sessão, esta comissão apresentará um relatório onde se mostrará a favor ou contra a abertura de Comissão Processante contra o vereador. Tal relatório será votado por todos os vereadores.
A Comissão de Ética é composta pelos vereadores Babu da Cohab (PP), Mauro Neves (Podemos) e Aristeu Penalva (MDB).
COMISSÃO PROCESSANTE
Em caso do relatório ser a favor da abertura de Comissão Processante e os vereadores aprovarem, é aberta uma investigação sobre o caso, na qual Izaque poderá se defender e ao final de 90 dias, o plenário novamente votará pela cassação ou não do vereador.
A Comissão Processante será formada através de voluntários ou sorteada entre os vereadores.
