O Ministério Público do Estado de São Paulo de Regente Feijó instaurou, na última terça-feira, 04 de novembro, um inquérito civil para apurar possíveis falhas na organização da festa universitária que terminou em tragédia no último fim de semana, em Regente Feijó.
O evento, realizado no Aeropark Clube de Voo Desportivo, foi atingido por um forte temporal, resultando na morte do empresário, Marcelo Giglio de Souza, de Pirapozinho e deixando 58 feridos.
De acordo com o promotor de Justiça Guilherme Batalini, a apuração buscará identificar se houve falhas na prestação de serviço, na estrutura montada ou omissões que possam ter contribuído para o acidente. “O evento ocorreu em um espaço aberto, com estrutura exclusivamente provisória, em uma data na qual, há dias, a Defesa Civil já alertava sobre fortes chuvas e ventos. Então, achei importante apurar a fundo o ocorrido”, afirmou o promotor.
A festa, promovida pela comissão de formatura do curso de Medicina em parceria com a empresa Euphoria Produções, acontecia durante a madrugada de domingo (2), quando rajadas de vento acima de 90 km/h atingiram a região. Segundo a Defesa Civil, cerca de 90 milímetros de chuva foram registrados entre a noite de sábado e a madrugada de domingo. A estrutura do evento, que tinha autorização e Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), não resistiu à força do vento.
Durante o temporal, um galho de árvore foi arremessado e atingiu o empresário Marcelo Giglio de Souza, de Pirapozinho, que não resistiu aos ferimentos. Outras 58 pessoas foram socorridas a hospitais de Presidente Prudente, e uma delas segue internada na Santa Casa.
A Polícia Civil também instaurou um inquérito por homicídio culposo e lesão corporal culposa, já que não houve intenção no ocorrido. Enquanto isso, o MP-SP continua coletando informações e documentos para avaliar eventuais responsabilidades da organização e dos envolvidos na realização do evento.



