Um homem em Zhongshan, na província de Guangdong, China, foi levado às pressas ao hospital após notar uma saliência incomum na região anal. Os médicos diagnosticaram prolapso retal, uma condição rara e grave em que parte do intestino grosso se projeta para fora do ânvs. O caso foi considerado preocupante, pois o reto estava parcialmente conectado ao corpo, mas completamente deslocado para fora.
De acordo com o portal KanKa News, o homem relatou que havia passado mais de 30 minutos sentado no vaso sanitário tentando evacuar enquanto utilizava o celular. Foi durante esse tempo que percebeu a saída repentina do tecido.
O atendimento foi conduzido pela médica Su Dan, da divisão de cirurgia gastrointestinal do Sexto Hospital Afiliado da Universidade Sun Yat-sen. Ela explicou que o prolapso pode ser desencadeado pela pressão prolongada na região pélvica, especialmente quando há esforço contínuo para evacuar, associado ao hábito de permanecer muito tempo sentado no vaso sanitário.
Segundo Su, o paciente já sofria com episódios recorrentes de prolapso retal desde os quatro anos de idade. “A protuberância era capaz de se retrair por conta própria no passado”, afirmou a médica. Contudo, sem buscar tratamento adequado ao longo da vida, o quadro se agravou, culminando no incidente mais sério registrado até então.
O caso foi divulgado também pelo jornal britânico Daily Mail, com base em fontes chinesas, mas a identidade do paciente não foi revelada. A história tem servido de alerta para os riscos do uso prolongado do banheiro como espaço de lazer, comportamento comum desde a popularização dos smartphones.
Médicos reforçam que permanecer muito tempo no vaso sanitário pode prejudicar a saúde intestinal. “O ideal é que o tempo no banheiro não ultrapasse cinco minutos. Mais do que isso, o esforço para evacuar somado à posição sentada aumenta a pressão abdominal e o risco de hemorroidas ou prolapso retal”, alertou Su.
O paciente recebeu atendimento médico e segue em recuperação. Até o momento, não há confirmação sobre a necessidade de cirurgia corretiva definitiva.