Um homem de 52 anos, que já havia cumprido pena de 27 anos de prisão pelo homicídio qualificado de uma criança de três anos — sua enteada — voltou a ser detido em flagrante por violência doméstica na manhã desta sexta-feira, 14 de novembro, em Presidente Prudente.
A ocorrência foi registrada por volta das 7h30, na residência do casal, localizada no Conjunto Brasil Novo. A vítima, de 53 anos, acionou a Polícia Militar relatando agressões físicas, verbais e ameaças de morte.
Segundo o boletim de ocorrência, o agressor havia passado toda a madrugada consumindo crack e, já alterado, iniciou uma discussão com a companheira, com quem vive há aproximadamente três anos. Durante o conflito, ele a agrediu com tapas, socos e empurrões, causando fortes dores no tórax. Além das agressões físicas e dos xingamentos, ele também tentou tomar à força o celular da mulher para apagar registros de agressões anteriores armazenados no aparelho.
Ainda conforme o relato da vítima, as ameaças foram explícitas e aterrorizantes. Ao dizer que chamaria a polícia, ouviu do agressor que “poderia ficar um ou dois anos preso, mas voltaria para matá-la”. Ele ainda mencionou que já havia matado uma pessoa anteriormente — referência ao crime pelo qual foi condenado em 2008 — reforçando a gravidade da ameaça. A mulher já havia procurado a Delegacia da Mulher quatro dias antes, registrando ocorrência por injúria e ameaça e solicitando medida protetiva, que não chegou a ser formalizada por falta de dados completos do autor.
Os policiais militares que atenderam a ocorrência relataram que encontraram a vítima abalada emocionalmente e reclamando de dores, embora sem lesões aparentes. O homem foi conduzido sem resistência ao Plantão Policial, onde negou as agressões e alegou ter sido ele o atacado, mostrando arranhões aos investigadores. Também negou as ameaças, embora tenha admitido o uso recente de drogas. Em sua versão, teria apenas pegado o telefone da companheira após perder o seu.
Diante das evidências, do histórico de violência e da existência de registro anterior envolvendo a mesma vítima, o delegado responsável decretou a prisão preventiva do agressor. A vítima, uma trabalhadora faxineira, permanece sob orientação da autoridade policial. O caso será encaminhado à Justiça e acompanhado pela rede de proteção às mulheres em situação de violência.




