Um homem de 36 anos foi preso na noite de 20 de dezembro, por volta das 19h38, após descumprir medida protetiva de urgência e se aproximar do Lar dos Meninos, localizado na avenida Salim Faráh Maluf, em Presidente Prudente.
De acordo com o registro policial, equipes da Polícia Militar foram acionadas por uma educadora social da instituição, que informou a presença do genitor de algumas das crianças acolhidas nas proximidades do abrigo, local expressamente proibido por decisão judicial. A medida protetiva determina que o homem mantenha distância mínima de 100 metros, além de proibir qualquer tipo de contato com os menores.
Ao chegar ao endereço, os policiais constataram que o indivíduo permanecia em via pública próxima ao abrigo, em flagrante violação da ordem judicial. Segundo os relatos, ele vinha comparecendo reiteradamente ao local nos últimos dias, promovendo tumultos, gritando, ameaçando funcionárias e tentando manter contato direto com as crianças, o que teria causado medo, choro e abalo emocional nos menores acolhidos.
Durante a abordagem, os policiais encontraram uma porção de maconha com o homem, que assumiu ser usuário. Diante da situação, foi dada voz de prisão por descumprimento de medida protetiva, sendo necessário o uso de algemas para garantir a segurança da equipe e do detido, conforme previsto em norma do Supremo Tribunal Federal.
Em depoimento, o homem admitiu que esteve no local para tentar falar com os filhos, alegando que uma das crianças fazia aniversário. Ele confirmou ter conhecimento da decisão judicial que o proíbe de se aproximar do abrigo, mas afirmou que não teve intenção de intimidar os funcionários. Também reconheceu possuir antecedentes criminais, incluindo passagem por tráfico de drogas.
A Polícia Científica não foi acionada para o local, e a ocorrência foi apresentada no Plantão da Polícia Civil de Presidente Prudente. A substância apreendida será submetida a exame pericial. O homem permaneceu preso à disposição da Justiça.
A medida protetiva, deferida pela Vara da Infância e Juventude, foi concedida após a constatação de grave situação de risco às crianças acolhidas, sendo que o investigado já havia sido formalmente advertido em audiências anteriores sobre as consequências do descumprimento, incluindo a possibilidade de prisão.