Muito se fala sobre imunidade e sua influência direta no nosso bem-estar. Mas, afinal, o que é o Sistema Imunológico e por que é tão importante cuidar dele? A Unimed Presidente Prudente explica: O sistema imunológico é a principal defesa do organismo, formado por um conjunto de células especializadas que circulam pelos vasos sanguíneos e linfáticos. Seu papel é identificar e combater agentes estranhos — como vírus, bactérias e células anormais — que possam representar risco à saúde.
A enfermeira da Medicina Preventiva da Unimed Prudente, Maria Fernanda Alves Scalon, conta que existem dois tipos de imunidade: a inata e a adquirida. “A imunidade inata é o mecanismo de defesa que temos de imediato. Ela está presente no organismo mesmo sem iniciar o processo infeccioso. A imunidade adquirida ocorre quando o sistema imunológico entra em contato com um microrganismo e, ao reconhecê-lo como algo estranho, ativa células específicas para combatê-lo. Esse tipo de imunidade só entra em ação quando a imunidade inata não é suficiente para eliminar o invasor”, explica.
Por que cuidar da imunidade no dia a dia
As células de defesa do organismo são produzidas pela medula óssea. Para facilitar o entendimento, podemos comparar esse processo à preparação de uma receita: assim como um bolo precisa de ingredientes para ser feito, o nosso corpo também necessita de “ingredientes” — como vitaminas, proteínas e outros nutrientes — para formar essas células. “Esses componentes atuam juntos para fortalecer a medula óssea e permitir que ela fabrique as células de defesa que protegem nosso organismo”, esclarece a enfermeira.
Para que esses “ingredientes” estejam sempre disponíveis, é essencial manter uma vida saudável, com alimentação equilibrada e cuidados com o corpo. A exposição a agentes tóxicos, substâncias infecciosas e até a falta de higiene — como a má higienização das mãos — pode enfraquecer o sistema imunológico e comprometer essa produção.
Como melhorar a imunidade
Entre os hábitos mais eficazes para estimular a atividade do sistema imunológico estão a prática regular de atividade física e uma alimentação adequada. Os movimentos e a intensidade dos exercícios aceleram o metabolismo e provocam alterações no organismo, como o aumento do estresse oxidativo biológico. Esse processo, por sua vez, leva ao maior gasto celular — o que estimula a produção de novas células de defesa, inclusive as do sistema linfático, que tem papel fundamental na imunidade.
Além disso, a alimentação natural é essencial nesse processo, pois fornece os nutrientes necessários — como vitaminas e proteínas — que servem de base para a formação dessas células. Portanto, a combinação entre movimento e nutrição é indispensável para manter o sistema imunológico forte e em constante renovação.
Estresse e ansiedade impactam a imunidade
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse é considerado uma epidemia global, já que vivemos em um tempo de constantes transformações. O ser humano está cada vez mais exposto a situações que exigem adaptação constante, o que impacta diretamente a saúde mental e física.
O estresse e a ansiedade provocam alterações nos sistemas do corpo como forma de defesa. O sistema nervoso reconhece que algo está errado e envia comandos ao organismo, liberando células que, embora ativem o sistema imunológico, também podem ter a função de suprimir suas defesas. “Quando o sistema de defesa é suprimido, isso não é bom para o corpo nem para a saúde”, alerta a enfermeira.
Diante disso, é fundamental buscar o equilíbrio emocional no dia a dia, mesmo que seja desafiador. Na Medicina Preventiva, por exemplo, a equipe multiprofissional tem desenvolvido grupos de acompanhamento focados em ansiedade e estresse, com o apoio de uma psicóloga. Além disso, a orientação é que cada pessoa encontre, dentro de sua rotina, formas simples de relaxar, como ouvir músicas que tragam calma, pensar em coisas boas ou controlar a respiração.
A imunidade tende a ser mais baixa em idosos?
Depende muito do estilo de vida de cada pessoa, como apontam diversas literaturas, segundo Maria Fernanda. Um termo frequentemente utilizado é imunossenescência, que se refere às disfunções do sistema imunológico relacionadas ao envelhecimento. Esse processo contribui para o aumento da incidência de doenças infecciosas e também de condições crônico-degenerativas, como hipertensão, reumatismo, aterosclerose e doenças coronarianas — todas bastante prevalentes entre a população idosa. Essas condições podem ter origem genética, hereditária ou estar associadas à falta de cuidados com a saúde ao longo da vida.
Outra possível explicação para o declínio das funções imunológicas é a senescência, um processo natural e progressivo de degeneração do corpo, que também afeta a capacidade replicativa dos linfócitos e de outras células do sistema imunológico.
Por fim, é importante destacar que, na juventude, a produção celular é mais ativa e o metabolismo funciona de forma mais ágil, o que favorece uma resposta imunológica mais eficiente.