Após ser chamado de “bosta” e “merda” presidente da Câmara entra com pedido de cassação contra Izaque Silva

O vereador William Leite (PP), presidente da Câmara Municipal de Presidente Prudente, foi chamado de “um presidente de bosta” e “um merda” por seu colega, o vereador Izaque Silva (PL) durante a última sessão ordinária do ano, em 30 de junho.

Ofendido o presidente da Câmara protocolou nesta última sexta-feira, 11 de julho, um pedido de abertura de processo de cassação contra Izaque, alegando quebra do decoro parlamentar.

Este é o segundo pedido de cassação contra Izaque em menos de 10 dias. O procurador jurídico da Câmara, Dr. Fernando Monteiro, também protocolou um pedido devido a agressões verbais e também tentativa de agressão física por parte do vereador.

O presidente da Câmara coloca em seu pedido que, “Com esse comportamento lamentável, Isaque quebrou o decoro parlamentar, comportando-se em Plenário sem o devido respeito à presidência, aos seus pares e aos munícipes; procedeu de maneira perturbadora, sem observância às normas regimentais”.

Apoio:

Como as duas denúncias envolvem diretamente o procurador jurídico da câmara, a Câmara deverá contratar um advogado ou uma junta especializada externa para emitir pareceres sobre os dois casos.

IZAQUE SILVA

O vereador Izaque Silva permaneceu em silêncio durante alguns dias, porém veio a público se retratar em relação as suas atitudes.

“Houve um excesso de ambas as partes, no calor do momento, acabei me excedendo como qualquer ser humano, por esse motivo, em respeito a todos, venho me retratar não apenas com o Procurador Jurídico, bem como, com o Presidente William Leite, além dos demais pares que compõem a 19ª Legislatura. Aos funcionários e colaboradores da Câmara Municipal e toda a população prudentina.”

A retratação completa pode ser lida aqui.

PRESSÃO NO PRESIDENTE

No último mês de junho, o presidente da Câmara de Vereadores vinha sofrendo pressões para colocar em pauta projetos para alteração dos subsídios dos vereadores e aumento das cadeiras na Câmara, que teria sido um promessa aos demais pares que votaram nele para presidir a Casa de Leis.

Entre outras cobranças, alguns vereadores comentavam que William Leite não se posicionava em questões pontuais entre a prefeitura e a câmara, para não se indispor de alguma forma com o prefeito Milton Carlos de Mello – Tupã.

O grupo de sete vereadores que elegeu, William Leite, não estaria mais tão coeso. Em conversas de corredores foi cogitada a possibilidade de retirada do presidente, previsto no regimento interno, o que foi declinado pela maioria dos vereadores.

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