Profissões do futuro: confira áreas em alta para 2026


Alunos do curso de Agronomia da Unoeste utilizam drone de pulverização na fazenda experimental, aplicando tecnologia e inovação no campo. | Foto: Ector Gervasoni.

O futuro do trabalho chegou. O mercado está passando por uma das maiores transformações das últimas décadas. A chegada da inteligência artificial, a automação de processos e a transição verde estão mudando não apenas os empregos, mas também as habilidades exigidas para ocupá-los.

Segundo o Relatório Futuro do Trabalho 2025, publicado pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral, cerca de 39% das habilidades atuais serão transformadas até 2030, e 22% dos empregos formais passarão por substituição ou criação nos próximos anos.

Na prática, isso significa que muitos cargos tradicionais deixarão de existir, enquanto novas carreiras ganharão força.

As profissões que mais crescem

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O relatório identifica as áreas com crescimento mais acelerado até o fim da década. Entre as que devem gerar mais oportunidades estão:

– Tecnologia e dados – especialistas em Big Data, inteligência artificial, desenvolvedores de software e aplicações, Machine Learning, analistas e cientistas de dados, especialista em Internet das Coisas, cibersegurança e especialistas em armazenamento de dados serão cada vez mais requisitados.

– Engenharia e inovação – engenheiros ambientais, de energia renovável e de fintech aparecem entre as profissões mais promissoras.

– Sustentabilidade – o avanço da transição verde deve impulsionar os chamados “empregos verdes”, voltados à preservação ambiental e ao uso responsável dos recursos naturais.

– Educação e gestão de pessoas – líderes preparados para ambientes colaborativos e digitais serão fundamentais na formação das próximas gerações.

Na Unoeste, cursos como ZootecniaEngenharia AmbientalCiência da ComputaçãoMedicinaPsicologia e Educação Física já incorporam metodologias e experiências que preparam o aluno para o mercado em transformação, seja por meio de laboratórios modernos, fazenda experimental ou clínicas-escola.

Habilidades que fazem a diferença

Além de diplomas, o mercado buscará pessoas capazes de pensar de forma analítica, criativa e empática. O estudo aponta que as competências mais valorizadas serão:

– Pensamento analítico e sistêmico

– Resiliência e flexibilidade

– Liderança e influência social

– Alfabetização tecnológica e aprendizado contínuo

– Empatia e escuta ativa

Essas habilidades refletem o novo perfil do trabalhador: alguém preparado para lidar com mudanças, que une conhecimento técnico e inteligência emocional, uma combinação que começa a ser desenvolvida na universidade.

Tendências no Brasil: tecnologia, energia e agronegócio em alta

No Brasil, o relatório destaca que 37% das habilidades dos trabalhadores brasileiros irão mudar até 2030, e que setores como tecnologia da informação, energia renovável, financeiro e agricultura estão entre os que mais crescem.

Para o Edgard Henrique Costa Silva, coordenador do Programa de Pós-graduação em Agronomia e professor na graduação, as profissões ligadas ao campo estão passando por uma transformação profunda.

“O agronegócio se tornou mais tecnológico e orientado por dados. Hoje falamos em agricultura de precisão, inteligência artificial, biotecnologia e sensoriamento remoto. Isso exige profissionais com perfil mais analítico, inovador e comprometido com o meio ambiente”, explica.

Ele também destaca que a busca por cursos que unem tecnologia e sustentabilidade tem crescido entre jovens e profissionais que buscam atualização.

“Cursos como Agronomia têm atraído quem deseja atuar em um agro moderno e responsável. A universidade acompanha esse movimento com laboratórios tecnológicos, fazenda experimental e projetos como o Smart Farming, que integra ferramentas de agricultura digital ao ensino”, completa.

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