Caminhoneiros enfrentam longas esperas e falta de estrutura para descarregar no Assaí de Presidente Prudente


Caminhoneiros que realizam entregas no Atacadista Assaí, em Presidente Prudente, têm enfrentado sérias dificuldades para descarregar suas mercadorias nos últimos dias. Segundo relatos, os motoristas estão sendo obrigados a aguardar pelo menos três dias do lado de fora do estabelecimento, sem acesso a estrutura básica como alimentação, banheiros ou local adequado para descanso.

O problema teve início há alguns dias, após o hipermercado iniciar reformas nas docas de descarregamento. Com o espaço temporariamente reduzido, o fluxo de recebimento de mercadorias diminuiu drasticamente, gerando uma fila de caminhões que se estende pela rua e prejudica tanto os trabalhadores quanto a qualidade dos produtos.

“Estamos no calor, sem banheiro, sem onde comer ou descansar direito. Tem motorista que está aqui há mais de cinco dias esperando. E tem carga que já perdeu, estragou no caminhão”, reclamou um dos motoristas entrevistados pelo Diário de Prudente, que aguardava na fila.

Algumas mercadorias, especialmente perecíveis, já apresentaram perda por causa da espera prolongada e das más condições de armazenagem dentro dos caminhões. Os caminhoneiros afirmam estar revoltados com a situação e cobram providências urgentes do atacadista.

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Procurada pela reportagem na quinta-feira 18 de setembro, via e-mail, a assessoria do Assaí não retornou ao Diário de Prudente, porém localmente o site conseguiu a informação de que as docas estão, de fato, em reforma, o que compromete temporariamente o fluxo normal de recebimentos. Funcionários não comentaram sobre a ausência de estrutura de apoio aos motoristas, mas garantiu que trabalha para finalizar as obras o quanto antes e normalizar o atendimento.

Enquanto isso, os caminhoneiros continuam à espera – sem previsão de solução imediata.

As docas do Assaí estão em reforma e entregas estão estranguladas. | Foto: Diário de Prudente

SELEÇÃO INJUSTA

Os motoristas revelaram também que caminhões do próprio Assaí entram para descarregar sem enfrentar a fila, o que seria injusto com os trabalhadores.

Os caminhoneiros classificam como descaso a atitude do Assaí, que tem conversado com outros motoristas para evitar pegarem frete para Presidente Prudente. “Essa situação não será boa para imagem daqui, infelizmente ninguém toma providência”, comentou um motorista ao Diário de Prudente.

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