Briga entre vizinhos por poda de árvore leva à apreensão de arsenal em casa de empresário em Prudente

Uma discussão entre vizinhos no final da tarde deste domingo, 03 de agosto, por volta das 18h48, mobilizou equipes da Polícia Militar e da Força Tática em um condomínio no Jardim Campo Belo, zona leste de Presidente Prudente. O caso envolveu três pessoas: um empresário de 41 anos, que é CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) e tem autorização para posse de armas, uma bancária de 35 anos e um advogado de 39.

Segundo a versão do casal, tudo começou após a mulher podar uma árvore em frente à sua casa. O vizinho, empresário, teria chegado em estado alterado, aparentando estar embriagado, e iniciado uma discussão. O advogado, que é namorado da bancária foi chamado ao local e teria sido agredido com socos e chutes pelo empresário. O desentendimento foi contido por moradores e pela esposa do autor.

Instantes depois, após entrar em sua residência, segundo relato das supostas vítimas, o homem teria aberto a janela de um quarto e apontado um objeto em direção a eles, proferindo ameaças. A situação levou a Polícia Militar a solicitar reforço, inclusive da Força Tática, diante da informação de que o empresário possuía armas de fogo.

No imóvel, os policiais foram recebidos pelo próprio morador, que confirmou ser CAC e autorizou a entrada. No local, foram apreendidas seis armas de fogo devidamente documentadas: uma carabina calibre .357 localizada em um cofre no guarda-roupa, uma pistola fora do cofre e outras quatro armas acondicionadas em uma bolsa sob a cama. Também foram encontrados insumos em uma área gourmet no fundo da casa. Todo o material foi apreendido para perícia, já que havia indícios de uso indevido e descumprimento das normas de armazenamento.

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Já o empresário negou todas as acusações, afirmando que apenas questionou a vizinha sobre a poda da árvore e que ele, na verdade, foi ofendido e agredido pelo casal. Todos os envolvidos foram ouvidos na delegacia e liberados em seguida, após se comprometerem a comparecer em juízo, conforme previsto na Lei nº 9.099/95.

O caso foi registrado como ameaça e vias de fato. A Polícia Civil vai dar continuidade às investigações, analisando imagens, laudos e depoimentos de testemunhas para esclarecer o que de fato ocorreu. As armas apreendidas ficarão à disposição da perícia enquanto durar a apuração.

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