Um menino de apenas dois anos morreu na noite desta terça-feira, 06 de maio, após receber medicação errada enquanto era atendido na unidade da Unimed de Andradina, que fica a 170 Km de Presidente Prudente.
A Polícia Civil registrou a ocorrência como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A técnica de enfermagem responsável pela aplicação do medicamento foi ouvida e liberada após pagamento de fiança.
Segundo o boletim de ocorrência, a criança deu entrada no hospital por volta das 21h50 com um quadro de bronquiolite. A médica plantonista, Dra. Natália Barbato, prescreveu a administração intravenosa de Hidrocortisona, como parte do tratamento.
No entanto, logo após a aplicação, a equipe médica observou queda de saturação, vômito, bradicardia e parada cardiorrespiratória na criança. A médica verificou que o medicamento ministrado não era Hidrocortisona, mas sim Succinilcolina — um fármaco usado para paralisar músculos durante intubações e com riscos graves quando mal administrado.
Diante da situação, a equipe iniciou manobras de reanimação, incluindo massagem cardíaca, intubação e administração de adrenalina, mas o óbito foi confirmado às 23h45, após todas as tentativas de reverter o quadro.
A técnica de enfermagem responsável A.P.C.S., relatou que retirou o medicamento de uma caixa identificada como Hidrocortisona. Após o erro ser descoberto, foi verificado que o frasco de Succinilcolina estava, erroneamente, dentro da caixa rotulada com o nome da medicação prescrita.
A técnica esteve na Central de Polícia Judiciária acompanhada de seu advogado e prestou depoimento. O delegado plantonista arbitrou fiança no valor de R$ 4.560, que foi paga, resultando na liberação da profissional.
A Polícia Civil apreendeu os frascos das duas medicações e instaurou inquérito para apurar responsabilidades. A perícia técnica não compareceu ao hospital. O caso foi registrado como homicídio culposo.