Refugiada do país de origem, uma família de venezuelanos que está em busca moradia e emprego está recorrendo a uma escola abandonada em Campo Grande-MS, a 400 Km de Presidente Prudente, porém a família composta de cinco adultos e cinco crianças de 2 a 13 anos declarou que passou por Presidente Prudente, mas passou por dificuldades por falta de acolhimento e até enfrentou tentativas de abuso cometidas por usuários de drogas que ficavam em um abrigo da cidade.
Anthony Jimenez, esposo de Paola Graterol e pai das crianças, relatou esta semana à reportagem do site Campo Grandes News, que a família está fugindo dos perigos da rua, de ameaças de usuários de drogas, e acabou aceitando a ajuda de moradores da cidade, que os levaram a se abrigarem em uma escola abandonada. Apesar de vários projetos da prefeitura da capital sul-matogrossense para amenizar as dificuldades dessas pessoas, nesse caso a família admite que não quer essa ajuda, pois tem experiências ruins como a de Presidente Prudente e também de Corumbá-MS.
Eles relatam que em Corumbá foi complicada a sua estadia, “Em Corumbá ficamos em uma praça, mas estava complicado também, tinham outros estrangeiros fazendo maldades por lá, e por isso o povo não queria venezuelanos na cidade, a polícia chegou a nos ameaçar lá, dizendo para voltarmos ao nosso país”, relatou Antony.
Em conversa informal, uma família que está ajudando os venezuelanos disse que está buscando ajuda com amigos e conhecidos para garantir água, comida, colchões e roupas, entre outras necessidades, para que consigam se manter na cidade, até conseguirem emprego e moradia definitiva.
Diante da situação de vulnerabilidade social, a reportagem também entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande. A conclusão é que projeto existe, mas os venezuelos têm de aceitar e procurar de forma espontânea.
Caso a família de imigrantes não consiga se dirigir à unidade, a prefeitura disponibiliza o número 156 para acionar o SEAS (Serviço Especializado em Abordagem Social), que encaminhará uma equipe para atender e conversar com as pessoas vulneráveis, a fim de direcionar o atendimento e a regulação de vagas no Centro POP.