A região de Presidente Prudente apresentou, no primeiro semestre de 2025, os menores índices de criminalidade do estado de São Paulo, segundo dados divulgados pela Polícia Militar na última semana. Os homicídios dolosos caíram 23% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto os roubos de veículos tiveram redução de quase 90%. Já os furtos de veículos recuaram 30,5%.
Inicialmente, a corporação havia informado que os homicídios tinham caído 54% e os furtos de veículos, 36%. No entanto, uma atualização divulgada no dia seguinte corrigiu os números após um erro no sistema.
O coronel Nilson Cesar Pereira, do Comando de Policiamento do Interior (CPI-8), atribuiu os resultados ao planejamento estratégico da PM. “Todo mês avaliamos o cenário da criminalidade e empregamos efetivo de acordo com a demanda. Esse trabalho de análise e distribuição operacional tem sido fundamental”, afirmou.
A área do CPI-8 abrange 67 cidades, entre elas Presidente Prudente, Dracena, Assis e Presidente Venceslau. O coronel destacou que, entre as 22 regiões de policiamento do estado — 10 no interior e 12 na Grande São Paulo —, Prudente concentra os menores indicadores criminais.
Apesar dos índices positivos, a localização geográfica impõe desafios. A região faz fronteira com Mato Grosso do Sul e Paraná, próximos de países como Bolívia e Paraguai, rota importante do tráfico de drogas. “Rodovias que cortam a região servem de escoamento de entorpecentes vindos da América Latina”, explicou Nilson.
O relatório, entretanto, apontou aumento nos casos de estupro, especialmente contra vulneráveis. Foram 51 ocorrências registradas no primeiro semestre de 2025, contra 48 em 2024, alta de 6,3%. “São crimes de difícil combate, geralmente ocorridos dentro de residências e envolvendo pessoas próximas à vítima”, disse o coronel.
Para enfrentar os desafios, a gestão aposta em maior aproximação com a comunidade e integração entre a Polícia Militar, o Baep e a Polícia Civil. “A população é fundamental no apoio às forças de segurança. Quando há confiança, as denúncias aumentam e conseguimos agir com mais precisão”, concluiu Nilson.