A cidade de Presidente Prudente foi certificada com o selo ‘Nível Esmeralda’, uma iniciativa que reconhece e valoriza as ações voltadas ao cuidado integral do paciente respiratório no âmbito da atenção à saúde.
Divulgado nesta quinta-feira (29/05) pela coordenação do Programa Abraçar, da Boehringer Ingelheim, o resultado considerou uma criteriosa avaliação das práticas implementadas.
O documento recebido pela Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente (Seduc) relata que Prudente demonstrou compromisso, organização e efetividade nas estratégias adotadas para o acompanhamento e tratamento dos pacientes com doenças respiratórias, cumprindo 80% dos critérios estabelecidos.
A Certificação Nível 01 – Esmeralda simboliza o reconhecimento pelo desempenho e dedicação da gestão municipal e das equipes de saúde envolvidas, se tornando, ‘Cidade Abraçar’.
Implementação em Prudente
Iniciado em 2019, mas aprofundado em 2024, a Prefeitura de Presidente Prudente, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), o projeto-piloto foi implementado com objetivo de combater a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) na população idosa da cidade. O projeto, denominado “Rastreamento DPOC 60+”, é uma colaboração inédita no Brasil entre o setor público e a empresa Boehringer Ingelheim.
De acordo com o supervisor médico da Sesau, Marcelo Cayres, atualmente, a fila da espirometria está zerada em Prudente, graças ao programa. “O tratamento adequado garante aos pacientes uma melhor qualidade de vida, além de menos internações, menos idas dos pacientes às unidades de saúde e, consequentemente, menos custos ao sistema de saúde”.
Com a espirometria é possível identificar precocemente indivíduos com sinais de DPOC, a 3ª principal causa de morte em São Paulo no ano de 2023 (fonte: Tabnet SES SP), para iniciar tratamentos adequados e evitar agravamentos que levam a hospitalizações. As principais causas da doença são cigarro e, em pessoas mais velhas, o a fumaça do fogão à lenha.
O consultor responsável pela região de Prudente, Gabriel Henrique Francisco, explica que a parceria com o município é realizada no modelo público-privado, por meio de contrato, sem viés financeiro.
“Por meio de um diagnóstico, identificamos as necessidades do município e tentamos agir conforme a solicitação e a prioridade. Oferecemos exames de espirometria, o laudo, a capacitação de médicos e de profissionais da atenção básica, atendimento compartilhado com médicos especialistas e o auxílio na construção de protocolos. A gente também auxilia na dispensa da medicação, com treino. Treinamento para farmácia. Então é um pacote completo desde o diagnóstico até o tratamento do paciente com doença a respiratória”.
Em Presidente Prudente, a parceria oferece, em média, 150 espirometrias/mês, uma média de 1.700 exames por ano, testes que são obrigatórios para que pacientes com doenças respiratórias tenham acesso às medicações do SUS.
Ainda segundo o consultor, Presidente Prudente tem atualmente uma das melhores taxas de tratamento de DPOC do Estado de São Paulo e, talvez, do Brasil.