
Há quase 40 anos a Comunidade dos Pobres de Jesus, fundada em 1978, que fica situada no Jardim Itatiaia em Presidente Prudente produziu um abaixo assinado, com inúmeras assinaturas de prudentinos, pedindo que a Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP) atrelada à Polícia Federal tomasse providências quanto ao caráter degradante, imoral e apelativo de comerciais de TV.
O Diário de Prudente teve acesso ao documento e a resposta dada pelo DCDP, que desde a implantação da ditadura militar (1964) era responsável por censurar e controlar a publicidade no país inteiro.
No entanto, após a volta da democracia, mesmo que parcial em 1985, o DCDP foi perdendo suas funções e quando a Constituição Federal de 1988 foi instaurada, qualquer tipo de censura prévia foi abolida.
Abaixo Assinado
A comunidade cristã critica que alguns comerciais de TV da época teriam caráter degradante e imoral e de maneira apelativa tentam vender seus produtos através da exploração do corpo e do sexo.
E por essa exploração estavam dobrando seus ganhos e cada vez mais consumidores, sem pensar no comportamento de jovens.
“Nosso repúdio a esses comerciais não se pauta numa falsa moral, mas busca resgatar a decadência em prol da própria família, dos jovens e das crianças. O pudor, antes de ser uma atitude de puritanismo fanático, e uma imposição necessária e sadia que todos temos de ter pelo corpo do homem e da mulher, denegrido e rebaixado por programas de teor vulgar, que em nada elevam a pessoa e sua sexualidade, mas geram, ao contrário, desejos distorcidos e comportamentos inconseqüentes em nossa juventude“, diz parte da mensagem.
Resposta do DCDP
O órgão federal respondeu ao documento da Comunidade dos Pobres de Jesus alegando que não fazia mais o controle sobre os comerciais na TV, e que a partir daquele momento, essa atividade era de responsabilidade do CONAR (Conselho Nacional Autorregulamentação Publicitária), o que acontece até hoje.
Atualmente o CONAR foi muito questionado por proibir comerciais de venda de brinquedos para crianças, e comerciais de cerveja que usassem exploração do corpo feminino.
Confira o documento e a resposta do DCDP: