Deputados protocolam proposta para impeachment de João Dória

Representante do Oeste Paulista, deputado Ed Thomas detalha documento.

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O grupo intitulado PDO (Parlamentares em Defesa do Orçamento), formado por nove deputados estaduais da oposição ao governo paulista protocolou na terça-feira (14), na Assembleia Legislativa de São Paulo, um pedido de impeachment do governador João Doria (PSDB).

O PDO é formado por parlamentares de sete partidos, reclama não haver transparência do governo na prestação de contas durante o estado de calamidade pública, provocado pela pandemia do novo Covid-19.

Com 109 páginas, o documento está embasado em fatos como possíveis irregularidades do hospital de campanha do Anhembi e compra de respiradores com suspeita de preço abusivo.

Representando a Região de Presidente Prudente, o deputado Ed Thomas (PSB), integrante ativo do grupo PDO, explica que grande parte dos recursos não foi bem utilizada e ainda faltou transparência: “Na denúncia, nós do PDO questionamos os contratos suspeitos, pois apontamos as falhas e isso também entra na peça. Só pra exemplificar: Os 14 milhões e 190 mil para a compra de Aventais. Quem ganhou a concorrência, tinha capital de 20 mil e como participa e ganha mais de 14 milhões? Mas, após a nossa denúncia, o Governador cancelou o contrato. Ainda, a contratação de leitos particulares que seria feita, mas, com a denúncia do Anhembí com 1.800 leitos e menos de 400 deles ocupados, questionamos o motivo dessa contratação. Pois já havia o Hospital de Campanha com leitos mais que suficientes” completou o deputado Ed Thomas.

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Já o coronel Telhada (PP) acusou o estado de pagar mais por respiradores: “Você não pode pegar um respirador de R$ 60 mil em São Paulo e pagar R$ 180, 200 mil. É claro que alguém está deixando de fiscalizar”, completou.

De acordo com o grupo, as irregularidades configurariam em atos de improbidade administrativa e crimes de responsabilidade por parte do governador João Doria.

O pedido de impeachment será analisado pelo presidente da Alesp, Cauê Macris (PSDB), que poderá dar encaminhamento ao processo. Por hora, o documento vai passar por uma análise técnico-jurídica da Procuradoria.

O líder do governo na Alesp, deputado Carlos Pignatari (PSDB), informou através de nota que “o pedido de impeachment não passa de um movimento político, de uma minoria de deputados que cria dificuldades ao governo. Portanto, não tem fundamentação jurídica e não deve prosperar”, completou.

Fonte: Prudente Notícias

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