BULLYING: Adolescente é preso após jogar bombas em escola vestido de nazista

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A mãe do adolescente de 17 anos que exibia uma suástica no braço enquanto atirava bombas caseiras num prédio em que funcionam duas escolas em Monte Mor, cidade a 500 Km de Presidente Prudente, disse que o garoto não tinha intenção de “matar ninguém”.

Ela conta que o garoto é “bom” e que queria “provocar uma situação” que o levasse à morte. A mulher contou que acionou a Polícia Militar no momento em que percebeu que o filho saiu de casa usando o carro dela, por volta das 8h30 dessa segunda-feira (13).

“Para mim, ele estava no banheiro, porque eu ouvi a porta fechar e fiquei tranquila. Daqui a pouco, ouvi o barulho do carro, saí correndo. Falei: ‘para’. No que eu gritei para ele parar, ele já saiu arrancando o carro com tudo. Coisa que ele nunca fez, porque ele não conseguia tirar o carro da garagem”, afirma.

Segundo ela, o adolescente passou dois dias trancado no quarto antes do ataque e tinha mencionado que queria comprar gasolina para fazer um vídeo para o YouTube. Ela não acreditou que ele conseguiria acesso ao material, porque ele supostamente teria medo de sair da própria residência. “Ele é medroso. Tem medo de tudo. Não saía para a rua para nada, de tanto medo que ele tinha. Nós até demos um cachorro para ele, para ver se ele conseguia sair de casa, porque ele queria um cachorro para se proteger”, afirma.

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A mãe também contou que nunca teve conhecimento do significado do símbolo da suástica e disse que o adolescente alegava fazer coleção de imagens. “Eu não conhecia essas coisas. Na minha cabeça, nem passava isso. Depois, fiquei sabendo que outras pessoas que têm esse símbolo aí são procuradas”, disse a mãe.

Ao UOL, a mulher contou que o adolescente já estudou na unidade de ensino atacada, mas desistiu de ir à escola desde os dez anos, quando começou a mudar de comportamento e a se isolar dentro do próprio quarto. Ela o classificou como alguém introvertido, que tinha medo de sair de casa e comportamentos peculiares. Nos últimos anos, segundo ela, o suspeito não comia a comida que ela cozinhava nem bebia água que não fosse engarrafada, ele também “contradizia tudo que era falado” para ele.

“Muitas pessoas já falaram que ele sofria muito bullying. Eu não sabia, que ele não me contava. Ele dizia que não queria ir para a escola mais e se trancava aqui dentro. Ele não pensa igual à gente, falar de Deus dá briga, porque ele não aceita. Ele nunca se vestiu de preto, ele nem gostava de roupa preta”, finalizou

Fonte: Portal UOL

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