APAGÃO: Pipa com cerol foi a causa do blecaute em Presidente Prudente

Equipes da Energisa Sul-Sudeste trabalharam intensamente, desde às 18h20 de quarta-feira, 03 de setembro, para normalizar o fornecimento de energia elétrica para cerca de 60 mil clientes de diferentes bairros de Presidente Prudente. Enquanto as equipes atuavam em campo nos procedimentos para restabelecer a energia, outros profissionais inspecionavam a rede, investigando as causas da ocorrência. Com isso, constataram que a interrupção foi causada pelo rompimento de um cabo da alta tensão provocado por um material altamente cortante, utilizado em linha de pipa.

Os trabalhos foram finalizados ainda na noite de ontem, com a energia restabelecida de forma gradativa para os bairros afetados. No entanto, o material altamente cortante causou danos à linha de 138 mil volts que atende o sistema elétrico na região, impactando a operação de duas subestações de distribuição da Energisa que abastecem vários bairros da cidade, principalmente as regiões Norte e Leste da cidade.

A ocorrência reforça a seriedade de um problema de segurança constantemente enfatizado pela Energisa junto à comunidade, nas escolas e na imprensa regional: os riscos de empinar pipas perto da rede elétrica.

“Trata-se de um problema de segurança, por conta do risco à vida, já que quem empina pipa perto da fiação pode sofrer um choque elétrico fatal. Mas, também é uma situação que desencadeia uma série de prejuízos à comunidade. Na ocorrência de ontem, por exemplo, a interrupção no fornecimento de energia impactou a rotina de famílias em suas residências, estabelecimentos de saúde, comércios e outros imóveis que tiveram o fornecimento da energia interrompida por um determinado período”, enfatiza gerente de Operações da Energisa Sul-Sudeste, Anderson Rabelo Rosa.

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Impacto à rede elétrica

Para se ter uma ideia do impacto das pipas na distribuição de energia, de janeiro até agosto foram 86 ocorrências de interrupções temporárias de energia provocadas por pipas na rede na região de Prudente. Com isso, mais de 14 mil clientes foram prejudicados.

“Estamos em um período propício para empinar pipas, por conta da maior incidência de ventos. O problema é que nem todos consideram as orientações de segurança: soltar pipa longe da rede elétrica e sem uso de cerol e outros materiais cortantes”, destaca Anderson.

Conforme a orientação da concessionária, o correto é soltar pipa em áreas livres como parques, praças e pastos, onde não passa a fiação elétrica.  Outra orientação importante é para os casos em que a pipa se perde e o vento a leva para a rede elétrica: nunca tente resgatar nem pipas, nem rabiolas. “A tentativa de puxá-las pode ocasionar um curto-circuito e um choque até fatal”.

Aos pais e responsáveis, o gerente acrescenta: “É indispensável que cada um oriente as crianças de seu convívio e fiscalize para que soltem pipa com segurança”.

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